sexta-feira, 31 de outubro de 2008

BRASIL

RIO GRANDE DO SUL
A maior característica das danças gaúchas é o romantismo. O gaúcho dança, portanto, com muito gosto e com a certeza da origem de seus passos. A dança foi um começo que deu origem a criação dos Centros de Tradição Gaúcha, que agora empolga a gauchada e gerou um estilo de identidade, onde prevalecem as figuras do nosso peão e da nossa prenda. Os CTGs significam o símbolo da trajetória de um povo que cresceu e não para, trabalhando e divertindo-se, planejando e cumprindo, estudando e ensinando e, sobretudo vivendo. Embalado por uma história de lutas e colonização bem diferenciada do restante do país, o nosso Rio Grande do Sul, incorpora a modernidade dos tempos atuais à tradição de uma cultura imigrada da Europa, dando-lhe aspectos únicos, impregnados de uma brasilidade autêntica. As danças gaúchas receberam influências de outras, européias, como o Reel escocês, que gerou o Rilo; a Mazurek polaca, que formou a Mazurca; a Polca-boêmia, a nossa Polca; a Schottish dos escoceses que gerou o Xote. Há de se considerar ainda o intercâmbio ocorrente na fronteira do Prata, conforme ocorreu com o Pericom, dança registrada na Argentina e no Uruguai, presente no solo gaúcho com o mesmo nome.

ANÚ
Dança típica do fandango gaúcho, o "Anú" divide-se em duas partes bastante distintas: uma para ser cantada e outra para ser sapateada. Tal como ocorreu como as demais danças do fandango - foi cedendo lugar às danças de conjunto que surgiam, ou se amoldou às características desta nova geração coreográfica.

BALAIO
É uma dança proveniente do Nordeste brasileiro. Constitui-se em uma dança bastante popular em toda campanha do Rio Grande do Sul. O nome balaio origina-se pelo aspecto de cesto que as mulheres dão às suas saias quando o cantador diz: "Moça que não tem balaio, bota a costura no chão". A esta última voz as mulheres giram rapidamente sobre os calcanhares e se abaixam, fazendo com que o vento se embolse em suas saias.Trata-se de uma dança sapateada e, ao mesmo tempo, uma dança de conjunto.Forma-se duas rodas uma dos homens e outra das mulheres. Cada peão fica de frente para sua respectiva prenda. Na primeira parte da dança há o passeio ao som do canto:"Eu queria ser Balaio, Balaio eu queria ser... , percorrendo o sentido da roda e, ao se encontrarem de novo as mulheres sarandeiam e os homens sapateiam ao som do canto:"Balaio meu bem, Balaio sinhá..." E a dança continua na repetição desta coreografia por mais três vezes.

CARANGUEJO
Já foi muito popular em todo o País uma dança grave, de pares dependentes, derivada do minueto e de suas variantes platinas. O caráter maneiroso da dança é acentuado por cumprimentos entre dançarinos, evolução originária da quadrilha européia que permitem à prenda demonstrar graciosidade em seus passos. Na coreografia, cada par, tomado pela mão direita, evolui com passos-de-marcha, de modo a completar uma volta em torno de si mesmo.

CHIMARRITA
É uma dança que os colonos açorianos trouxeram para o Rio Grande do Sul na segunda metade do século XVIII. A partir de sua chegada, a Chimarrita foi adotando diferentes estilos coreográficos, chegando, até mesmo a apresentar a forma de pares enlaçados. Do Rio Grande do Sul, a dança passou para outros estados brasileiros, como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, e também para as províncias argentinas de Corrientes e Entre-Rios.Entre os campeiros do Rio Grande do Sul, a denominação mais usual dessa dança é "Chimarrita", enquanto nas províncias argentinas são as populares variantes "Chamarrita" e "Chamamé"
Em seu feito tradicional, a "Chimarrita" é dança de pares em fileiras opostas. As fileiras se cruzam, se afastam em direções contrárias e tornam a se aproximar, lembrando as evoluções de certas danças tipicamente portuguesas.


TATÚ
Legítima dança de fandango, consistia em um sapateado de pares soltos. Depois, o Tatú sofreu a intromissão, em sua coreografia, da "Volta-no-Meio" - dessa fusão nasceu um novo Tatú, que se subdivide em duas partes: na primeira, os pares estão soltos, as mulheres sarandeiam em volta do homem, e estes sapateiam acompanhando a sarandeio da mulher. Na segunda parte (à volta no meio), a mulher tomada pela mão do seu companheiro, gira como se fosse realizar várias voltas, mas interrompe a volta no meio do verso, passando a girar no sentido contrário.Enquanto isso, o homem sapateia no lugar segurando a mão de sua companheira. No que diz respeito à parte sapateada, o Tatú é a dança gaúcha que oferece maior liberdade aos dançarinos. Então eles podem abrilhantar os passos com os mais diversos "floreios"de acordo com a habilidade de cada um.

RANCHEIRA DE CARREIRINHA
É uma versão da mazurca argentina e uruguaia. No Brasil, sua difusão se dá após o aparecimento do rádio. É importante notar que a rancheira é uma "valsa abagualada", com ritmo mais animado e dançante que a própria valsa. A primeira rancheira de sucesso no Rio Grande foi à argentina Mate Amargo.

PEZINHO http://br.youtube.com/watch?v=Wrtd3YDS6d0
O gaúcho dança o pezinho com bota e espora . Bombacha. Guaiaca. Faca. O chapéu repousa nas costas. Lenço de seda no pescoço. Este é o traje típico do campeiro. A mulher — a prenda — não tinha traje típico para festividades inventaram. Saia longa, rodada, cheia de babados. Tranças e flor no cabelo.O "Pezinho" constitui uma das mais simples e ao mesmo tempo uma das mais belas danças gaúchas. A melodia, muito popular em Portugal e Açores, veio a gozar de intensa popularidade no litoral dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sua ingenuidade e sua ternura a transformou como a dança predileta dos tradicionalistas rio-grandense.É necessário frisar que o "Pezinho" é a única dança popular gaúcha em que todos os dançarinos obrigatoriamente cantam, não se limitando, portanto, à simples execução da coreografia. Sua movimentação, segundo alguns estudiosos, tem forte semelhança com danças como a "raspa" mexicana, o "chilberi" francês e o "herr-Schimidt" alemão, pois apresenta passos universais na sua execução. A coreografia é embalada por duas seqüências características. Na primeira, há uma marcação de pés, e na segunda os pares giram em redor de si próprios, tomados pelo braço. A melodia do pezinho chegou a Brasil e imediatamente adquiriu imensa popularidade no litoral dos Estados brasileiros de Santa Catarina e do Rio Grande Sul, adquirindo personalidade própria em virtude da cordiona. instrumentação típica do Sul.

MAÇANICO
Essa dança, por suas características coreográficas, parece ser portuguesa.A coreografia apresenta palmeados, passos entremeados por giros, cumprimentos e deslocamentos em filas que lembram as formações dos antigos minuetos europeus. É uma das danças mais animadas.

TIRANA
Dança de origem espanhola, porém difundida em Portugal, se tornou muito popular na América Latina na metade do século passado. No Brasil, adquiriu características próprias, principalmente no Rio Grande do Sul. Dança de pares soltos e com sapateios, onde prevalece a mímica amorosa entre o peão e a prenda, que se resumia em movimentos de aproximação e fuga, mas que no final se encontravam, apaixonados. O lenço, largamente utilizado nas danças espanholas e platinas, é um adereço de bolso que permite diversos movimentos e dá ao baile elegância.

CANA-VERDE
É uma dança sem sapateado, originária de Portugal e se tornou popular em vários estados brasileiros. Cada par, de "braço dado", passeia um atrás do outro até formar um círculo. Soltam-se as mãos e se postam frente a frente, formando então dois círculos, homens por fora, mulheres ao centro. Seguem evoluções e "oitos", tomados pelos braços. Podem cantar enquanto dançam.

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DANÇANDO COM OS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA

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