sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A CHULA — DANÇA DESAFIO
A chula gaúcha se caracteriza pela disputa, colocam no chão uma vara de uns 4 metros de comprimento. Em cada extremidade fica um dançarino. E o desafio começa.
A música, geralmente uma polca, dá o início à dispu­ta dos dois dançarinos. A dança é improvisada. Cada dançarino realiza figurações e sapateados com­plicadíssimos, que o adversário deve repetir. Usam botas e grandes esporas (as chilenas) que tilintam durante a dança. O dançarino precisa ter um grande senso de equilíbrio e ritmo. E quem é o vencedor?
Quem conseguir executar passos de dança que o seu adversário não saiba reproduzir. Pode-se perceber na chula a influência das danças espanholas por causa do sapateado e do taconeio (batidas do calcanhar).

O PERICOM
É uma dança de conjunto. Deve ser dan­çada por grupos de pares (no máximo doze), como a quadrilha. Os dançarinos realizam as. evoluções, executando passos de rancheira bem acentuados nos tempos fortes de cada compasso. O pericom deve ter surgido na região do rio Prata, na primeira metade do século 19. É uma dança mui­to popular no Rio Grande do Sul, no Uruguai e na Argentina.
É comandada pelo "marcante", que ordena as evoluções que quiser. O comando se divide em duas partes: preparação e execução. No início e no fim da dança os cavalheiros dizem ver­sos. Quando a dança termina, fica apenas um cava­lheiro que canta com o violeiro mandante versos como estes:
Quero dar a despedida como deu a samambaia, as damas saíram todas de vergonha também saía minha gente venha ver a dança do pericom

DANÇA DE FITAS
É uma tradição milenar típica do estado do Paraná e Santa Catarina. Uma dança da arqueocivilização européia. Fazem um pau-de-fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem pares de fitas que são seguradas por oito ou doze meninas ou meninos ou mesmo homens, para começar a dança.
A dança se realiza dentro das salas ou salões sob a direção do guião, que os comanda no dançar bem como os autoriza a "assaltar" (visitar as casas).
A música que acompanha é, em geral, tocada por sanfona, violões e pandeiros.
Embora seja praticada por ocasião das festas natalinas é uma dança ritualística do passado, rememorando o renascimento da árvore. Os cantos tradicionais são loas em louvor da natividade.
Executam as figurações segurando a ponta das suas fitas dançando ritmadamente. Trançam e destrançam as fitas em torno do mastro central.
Em Santa Catarina, antes da dança-de-fitas, executam a dança da jardineira, em que pares de dançadores conduzem um arco enfeitado de flores.Fazem diversas figurações com arcos.
DANÇA DO VILÃO
As danças brasileiras devido às grandes distâncias da nossa terra recebem denominações diferentes nas diversas regiões.
E a finalidade das danças também varia. Podem também mudar a época da sua realização, dentro do calendário festivo. O VILÃO, antigamente em Santos (Estado de São Paulo) dançava-se pelo Carnaval o Vilão tal qual se realiza hoje em Santa Catarina, em São Francisco. Noutras cidades praianas o Vilão é dançado nas fes­tas natalinas.
Em São Francisco o Vilão é dançado por ocasião do Carnaval, à noite, quando mais de trinta dançadores se exibem: porta-estandarte, os batedores, os baliza-dores, os músicos. Fantasiados, usando bastões de dois metros de comprimento, saem pelas ruas e praças fazendo suas evoluções com a música profana e buliçosa.
No Vilão o estandarte tem as cores do grupo, é pro­fano.

CONGADA
A presença deste bailado popular é assinalada no Brasil - colônia, no tempo dos vice-reis, do Ceará ao Rio Grande do Sul.
A congada chegou até nós através dos jesuítas, dos colonizadores. A congada foi usada pêlos jesuítas na obra de con­versão, da catequese.
No passado, a congada tinha a função de exaltar o instinto guerreiro do negro, criando uma luta irreal de cristãos e pagãos.
Na congada existem dois grupos de negros, que entram em luta.È a luta do Bem e do Mal.O Bem é representado pelos cristãos. O Mal é o grupo de pagões. O Bem usa roupa azul. O Mal vermelho Há lutas, embaixadas, cantos, e sempre os cristãos vencem os pagões, que são batizados e todos juntos fazem a festa em louvor a São Benedito, padroeiro dos negros, em todo o Brasil.
As violas, o reco-reco, caixas, tambores, acompanham os cantores.
A congada é um dos mais notáveis bailados populares do Brasil, sendo grande atrativo das
festas do Divino Espírito Santo, na região Sul do país.

BATUQUE
É uma dança de origem africana,caracterizada por requebros, palmas e sapateados, acompanhados ou não de canto. Conhecido como ritual da procriação. Foi severamente proibida na época colonial pêlos padres. Mas os fazendeiros faziam que não viam, tinham grande interesse em aumentar o número de escravos. É uma dança muito popular em algumas cidades do interior de São Paulo, nas festas do Divino Espírito Santo e nas festas juninas. O batuque é dançado em terreiro ou praça pública. Uma fileira de homens fica ao lado dos tocadores As mulheres ficam a uns 15 metros de distância. Então, começa a dança, começam as umbigadas Cada homem, dançando, dá três umbigadas em uma mulher. Os músicos tocam. Um batuqueiro faz a poesia, os versos. Há o solo e, em seguida; o coro é feito por todos que estão batucando.
UMBIGADA
Dança originária de Angola e do Congo, trazida pelos escravos, é uma das danças mais antigas executadas no Brasil. É realizada, ao ritmo do batuque africano, formando um círculo de participantes em volta do(s) dançarinos(s) solista(s). O dançarinos executa uma coreografia sensual e ao convidar o próximo dançarinos para entrar no circulo, o faz tocando seu umbigo no dele.

LUNDÚ
Dança de origem Banto também da Angola e do Congo, descrita como licenciosa e indecente, surge como canção solista brasileira no final do século XVII, tornando-se o primeiro grande fruto da fusão cultural brasileira. Executada por brancos e negros sem distinção racial.

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