sexta-feira, 31 de outubro de 2008

DIVERSAS:
DANÇA DE VELHOS
Aparece durante as festas do Divino Espírito Santo,
Ainda existe no litoral fluminense, em Parati e Angra dos Reis. E também nas cidades paulistas de Cunha e São Luís do Paraitinga.
Antigamente era uma dança feita para divertir os "barões do café".Hoje é feita para divertimento do povo das cidades.
Os participantes vestem-se com roupas velhas, fraques e cartolas antigos.
Um bastão faz às vezes de bengala. Os foliões usam cabeleiras postiças, brancas e empoadas. Os sapatos são desparceirados. Os homens fantasiam-se de mulher. Usam batas e saias compridas.
Os "velhos"' arrastam os pés ao som de valsinhas ou marchinhas. A música é tocada por concertinas ou sanfonas.
O grupo se exibe pelas ruas da cidade, provocando riso dos assistentes.
Comportam-se como verdadeiros velhos. Às vezes demonstram sua mocidade, dançando sem parar.

JONGO AFRICANO
É uma dança africana.Dela participam homens e mulheres.
O canto também tem papel importante. A música serve para facilitar e coordenar os movimentos. Os instrumentos usados são os de percussão. Tambu, candongueiro, biritador (atabaques de couro). E angóia (uma espécie de chocalho).
O jongo sobrevive em poucos lugares do Brasil. Apenas onde houve maior concentração de população negra escrava. Negros vindos de Angola (África).É uma das mais ricas heranças da cultura negra presente em nosso folclore.
O jongo formou-se nas terras por onde andou o café. Surgiu na Baixada Fluminense, subiu a Mantiqueira. Persiste na zona do Paraíba do Sul, Paraibuna e Paraitinga.
Entrou pela Zona da Mata mineira. Lá é conhecido por "caxambu". Esse nome é dado também ao principal instrumento, um atabaque grande. É uma dança que aparece em outros Estados brasileiros. Como em Goiás e Espírito Santo. Mas com outras danças e cerimônias.
O dançador fica em frente a sua dama. Ela segura a saia delicadamente, sem sair do lugar.
Com meneios e requebros a mulher acompanha os galanteios do cavalheiro.
Outros casais se aproximam, dançando. O primeiro par se afasta balançando o corpo, sem dar umbigadas como no batuque paulista.

TICUMBI
É uma versão capixaba da Congada. Só é encontrada no Estado do Espírito Santo. É uma dança dramático-guerreira.
É praticada por negros que se vestem de branco. Usam japonas ou batas longas enfeitadas de fitas muito coloridas.
Amarram na cabeça um lenço que lhes dá um "ar de pagã". Sobre o lenço usam flores de diversas cores. Alguns colocam sobre o lenço um chapéu de palha todo enfeitado de fitas e flores.

OS REIS E AS CORTES
Os dois reis se distinguem graças às coroas de pa­pelão pintado de dourado. Capa longa de damasco ou cetim lamê cintilante. Uma faixa "presidencial" que vai do ombro esquerdo até a cintura oposta. Na cintura uma espada do "tempo do Império". Os reis são servidos por pajens ou secretários cada qual com a capa da cor do seu reinado. As duas cores escolhidas pêlos reis para a sua corte variam. O vermelho quase sempre está presente nu­ma das cortes. É uma cor forte, de grande efeito nos mantos reais.
Rei Congo e Rei Bamba são as figuras principais do Ticumbi.

A FESTA DE SÃO BENEDITO
No Ticumbi dois reis negros lutam para ter o privilégio de realizar sozinho a festa de São Benedito,padroeiro dos negros do Brasil. O Rei Bamba é vencido pelo Rei congo e por este é balizado, com toda a sua corte. Então todos dançam e cantam o Ticumbi.O Ticumbi tem um intuito nitidamente visível — conversão e batismo dos pagãos.
Os instrumentos são muito simples. Usam chocalhos. Apenas uma viola acompanha as cantorias:

COCO
É bem provável que esta dança mestiça, afro-ameríndia, tenha surgido em Alagoas, onde se misturam escravos índios e escravos africanos, no início da vida social brasileira (época colonial).
Foi em alagoas que se deu a grande rebelião negra –Palmares. A dança do Coco continua sendo a expressão do desabafo da alma popular, da gente mais sofrida do Nordeste brasileiro.


O COCO ALAGOANO
O Coco dançado em Alagoas é diferente do paraibano , do pernambucano e do rio-grandense.Em Alagoas o sapateado é mais vivo e mais figurado. Forma-se a roda de mulheres e homens. No centro fica o solista que põe o "argumento", isto é a melodia do texto. Logo sobressai o refrão cantado pelos demais na roda:
”Venha ver como a coisa tá boa, venha é um Coco lá das Alagoas."
O solista, no centro, executa requebros e sapateados,passos figurados, inventados na hora. Ao finalizar faz a sua reverência. Retira-se, e entra outra pessoa.O Coco é uma dança do povo. Os principais instrumentos musicais são as próprias mãos.O canto, acompanhado por bater de palmas com as mãos encovadas, assemelha-se ao ruído de quebrar a casca de um coco, daí o nome da dança, de ritmo bem brasileiro.Usam também tamborim, zabumba, adufe (pandeiro). Até o caixão de querosene entra na dança, na falta de outro instrumento musical.

A DANÇA DO LAMPEÃO
O Coco foi à dança preferida pelos cangaceiros. Lampião e outros cangaceiros dançavam o Coco nas horas de descanso.A feira nordestina é o lugar onde se ouve o Coco improvisado, falando das dificuldades, dos problemas sociais das paixões.

O FREVO http://br.youtube.com/watch?v=Ydr848aAqz4
É filho legítimo da capoeira. O capoeirista (ou capoeira) sai no carnaval dançando o frevo à frente das bandas de música, executando passos e meneios semelhantes aos da capoeira. O frevo é uma dança de alucinação coletiva, do carnaval pernambucano . Nos salões, nas ruas, o povo se entrega ao frevo de corpo e alma.
É tão frenético e alucinante que cada um, por si, egocentricamente, ferve ao seu
modo, até a exaustão. O frevo não tem nada de religiosidade, O guarda-chuva dá um grande equilíbrio ao passista.
No carnaval pernambucano todo o povo que vive nos casebres, nas praias e beiras de brejos de Pernambuco, desperta do seu torpor e se integra no reinado do frevo, tendo por símbolo de realeza o guarda-chuva.
A música do frevo parece um pouco com a marchinha carioca.

XAXADO
É ao grupo de Lampião, o Rei do Cangaço, que se deve o fato de todo o Nordeste conhecer o Xaxado. Essa dança sertaneja marca a época em que os "cabras machos" afrontavam a polícia com um canto chamado "parraxaxá". Da dança do Xaxado, os cangaceiros fazem de seus rifles suas damas e, em fila, seguem, sem volteios, arrastando suas alpargatas pelo chão. Avançando com o pé direito em três ou quatro movimentos laterais e puxando, em seguida o pé esquerdo, produzem o "xá, xá, xá" das alpargatas (cuja onomatopéia deu origem ao nome Xaxado), fazendo o acompanhamento originário do som da viola. Tudo resulta em um bailado rápido e vigoroso.

O BAMBELÔ
O negro triste sofreu as amarguras da escravidão e transformou sua dor em canto e dança. Canções que alegram a vida de seus descendentes.

O JONGO DE PRAIA
Em Natal existe uma dança semelhante ao jongo paulista. É o Bambelô ou Jongo-de-praia. No verão, de noite, as praias se enchem de dançadores de Bambelô.
Zabumba e outros instrumentos comandam o canto e a dança.
OS OUTROS NOMES DA DANÇA: Existem muitas danças semelhantes ao Bambelô. Mas os nomes variam de uma região para outra.
Em Minas Gerais o jongo é o caxambu. Isso porque o instrumento principal é um atabaque denominado caxambu. No Rio Grande do Norte o Coco é chamado de Zambê. No Coco, no jongo e no batuque existem muitos
elementos comuns. Atabaques e chocalhos.

O SOLISTA DO BAMBELÔ
O solista do Bambelô dança em frente a uma dama faz galanteios coreográficos. Ela responde gingando,movimentando o corpo de acordo com a música. Os dançantes ficam em semicírculo,ao lado do instrumental.
O solista entra, canta o seu "ponto", dança e se retira. O Bambelô continua, quente e cheio de ritmo.

XOTE
Dança de salão de origem alemã, popular no Nordeste do Brasil, executada ao som de sanfonas nos bailes populares. Trazida ao Brasil em 1851 pelo professor de dança José Maria Toussaint, também chamada de Xótis.

LAMBADA http://br.youtube.com/watch?v=PLBUBEijguU
Fenômeno comercial de 1989, apesar de já existir anteriormente. Surgiu da fusão de ritmos caribenhos, como o merengue, com o forró e o carimbó brasileiro. Trouxe novo fôlego para a dança de salão brasileira ao chamar a atenção dos jovens pelo seu caráter sensual. Saindo de moda rapidamente, a dança lambada sobrevive atualmente sendo dançada ao som de zouk, música árabe e música cigana, além do próprio gênero musical lambada.

FORRÓ
Termo genérico para diversos ritmos do nordeste brasileiro, como o baião, o xote e o xaxado. Apesar de ser tocado e dançado por migrantes nordestinos há muitas décadas, surge como moda no sudeste brasileiro em 1997, fundindo todas as danças e ritmos nordestinos que o compõe. Incorpora então passos de outras danças de salão do Rio de Janeiro. Nesse período foi o principal responsável pela atração de jovens para a dança de salão.

MAXIXE
Primeira dança enlaçada a surgir no Brasil. Surgiu primeiro como dança, no Rio de Janeiro, dançada ao som de polca, mazurca e xótis, só se tornando gênero musical posteriormente.

CAPOEIRA http://br.youtube.com/watch?v=5lfbW7K6u2Q
Dança combate, herança dos escravos, que utilizavam-na como jogo, a base de movimentos acrobáticos. A dança é acompanhada de um Berimbau, arco de madeira com uma corda metálica e que serve como instrumento de percussão.

MACULELE
Dança dos trabalhadores de canaviais.

HIP HOP
A Dança de Rua surgiu através dos negros das metrópoles Norte Americanas. Em janeiro de 1991, foi criado na cidade de Santos, o primeiro curso de “Dança de Rua” no Brasil, idealizado e introduzido pelo coreógrafo e bailarino Marcelo Cirino. Hip Hop é formada pelos seguintes elementos: O rap, o grafite e o break. Rap - ritmo e poesia, que é a expressão musical-verbal da cultura; Grafite - que representa a arte plástica, expressa por desenhos coloridos feitos por grafiteiros, nas ruas das cidades espalhadas pelo mundo; Break dance - que representa a dança.

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